sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


Aung San Suu Kyi

Suu Kyi é filha de Aung San, o herói nacional da independência da Birmânia (também chamado Mianmar), ex-colônia britânica, que foi assassinado pouco antes da independência do país (proclamada em 4 de janeiro de 1948), quando ela tinha dois anos de idade.
Suu Kyi foi educada nas melhores escolas de Rangum - antiga capital e maior cidade do país. Também estudou na Índia, onde sua mãe, Khin Kyi, foi embaixadora, e na Universidade Oxford, onde conheceu Michael Aris, um especialista em civilização tibetana, com quem viria a se casar. [12] Após a graduação, entre 1969 e 1971, ela trabalha na ONU, em Nova York. Em janeiro de 1972, casa-se com Michael. O casal teve dois filhos, Alexander (Londres, 1973) e Kim (Oxford, 1977).[13][14]
Em 1988, Suu Kyi regressa ao seu país, a princípio para cuidar de sua mãe, que se encontrava enferma. Porém, logo se envolve com o movimento pró-democracia. Por ser descendente de um prócer da independência, sua presença inflama o movimento. Seu retorno coincide com a eclosão de uma revolta popular contra os vinte e seis anos de governo do general Ne Win, que reultaram em alto grau de repressão política e colapso da economia do país. Em 23 de julho, o general Ne Wan renuncia, mas as manifestações populares de protesto continuam. O movimento é brutalmente reprimido. Mais de 5.000 manifestantes são mortos em 8 de agosto de 1988 - na chamada Revolta 8888. Em 18 de setembro, instala-se uma junta militar no governo do país. Alguns dias depois, em 24 de setembro, um novo partido é formado - a Liga Nacional pela Democracia, LND -, tendo Suu Kyi como secretária-geral. Ela se torna a principal líder do movimento pró-democratização. Naquele mesmo ano, dez mil pessoas morreriam na luta contra o regime militar birmanês.[carece de fontes] Entre outubro e dezembro, Suu Kyi percorre o país, pregando a não violência e a desobediência civil, em grandes comícios. Em dezembro, morre sua mãe, Daw Khin Kyi, aos setenta e seis anos. [12]
Em 1989, Suu Kyi é presa pela primeira vez, ficando impedida de apresentar sua candidatura às eleições gerais do ano seguinte - as primeiras no país desde 1962.[14] Mesmo assim, seu partido, a LND, obtém uma vitória esmagadora nas eleições de 1990, conquistando 81% das cadeiras em disputa. A junta militar se recusa a reconhecer o resultado das eleições.
Manifestação pela liberação de Aung San Suu Kyi, 2005.
Manifestação pela liberação deAung San Suu Kyi, em Nova York,2003.
Ainda em 1990, o Parlamento Europeu concede a Suu Kyi o prémio Sakharov de liberdade de pensamento. Em 1991 ela é galardoada com o Nobel da Paz. Em 10 de dezembro, seus filhos, Alexander e Kim, recebem o prêmio, em nome de sua mãe. Suu Kyi permanece presa e se recusa a deixar o país, conforme lhe propõe o governo birmanês. O movimento por sua libertação cresce em todo o mundo. [12]
Em 1995, o regime militar decide levantar a pena deprisão domiciliária imposta a ela, como sinal de abertura democrática dirigido à comunidade internacional. Mas sua liberdade dura pouco. Logo estará novamente em prisão domiciliar.[15]
No Natal de 1995, Michael consegue permissão para visitar a esposa. Será o último encontro do casal. Em 27 de março de 1999, ele morre de câncer, em Londres, sem ter conseguido voltar a Mianmar para ver Suu Kyi. O governo sempre insistia que ela fosse encontrar sua família, na Inglaterra, mas ela sabia que, se concordasse em sair do país, as autoridades birmanesas não a deixariam retornar. Assim, ela assume essa separação como um sacrifício a ser feito por seu país.

[editar]Manifestações de apoio

Em 2000, o grupo U2 fez uma canção em sua homenagem chamada "Walk On". Em 2005Damien Rice e Lisa Hannigan escreveram a canção "Unplayed Piano em sua honra e tocaram-na ao vivo no "Nobel Peace Prize Concert (Nobels fredspriskonsert)" em Oslo, Noruega.
Em 2008, Suu Kyi foi considerada como a 71ª mulher mais poderosa do mundo, pela revista Forbes. Em setembro do mesmo ano, seu estado de saúde suscitou preocupação. Ela estaria recusando a comida que lhe era fornecida pela junta militar.[16]
Nove ganhadores do Nobel manifestaram apoio a Aung San Suu Kyi, que estava sendo julgada.[17] Segundo a Secretária de Estado para os Direitos Humanos da França, Rama Yade, a detenção de Suu Kyi, a poucos dias de sua liberação, visava afastá-la do processo eleitoral. O objetivo do regime era chegar às eleições legislativas de 2010 sem entraves. "Trata-se de um estado que vive sob o terror há vinte anos," [18]. Suu Kyi, mantendo-se em seu país, marca resistência pacífica mas firme ao regime autoritário.[19]
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, qualificou de escandaloso o processo contra Aung San Suu Kyi. "É escandaloso que ela seja julgada e continue a ser detida em razão de sua popularidade", declarou Clinton em Washington.[20]
Em 30 de maio, os dois juízes militares responsáveis pelo julgamento da principal opositora birmanesa adiaram a data de apresentação das razões finais no processo contra ela, de 1º de junho para 5 de junho. "O tribunal pronunciará a sentença depois das razões finais" − disse Kyi Win, um dos três advogados que defendiam Aung San Suu Kyi.[21]
Em 19 de Junho de 2010, Aung San Suu Kyi completou 65 anos ainda em prisão domiciliar. Na ocasião o presidente americanoBarack Obama fez um apelo ao governo de Myanmar para que a liberte, assim como aos demais presos políticos.[22]

[editar]Libertação

Em 13 de novembro de 2010, Suu Kyi foi finalmente libertada da prisão domiciliar, ficando autorizada a se deslocar livremente.Ao discursar para cerca de 4.000 simpatizantes, ela defendeu a democracia e a "reconciliação nacional". "Estou preparada para conversar com qualquer um. Não guardo ressentimento de ninguém", disse ela. Em 15 de agosto de 2011, ela se encontrou com o presidenteThein Sein e manifesta apoio à abertura iniciada pelo governo, que inclui a libertação dos numerosos presos políticos do país.[23]
Em 1° de abril de 2012, seu partido, a Liga Nacional pela Democracia, anunciou que ela havia sido eleita para o Pyithu Hluttaw, acâmara baixa do parlamento birmanês, representando o distrito eleitoral de Kawhmu, na região de Yangon.[24] Seu partido também conquistou 43 dos 45 assentos vacantes da câmara baixa.[25] No dia seguinte os resultados da eleição foram confirmados pela comissão eleitoral oficial.[26]

[editar]Prêmios e honrarias


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aung_San_Suu_Kyi

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